Veja Sudoeste

A Justiça do Paraná deu um novo passo em um caso de suposta fraude em licitação ocorrida em 2012 na cidade de Dois Vizinhos. Trata-se de uma ação civil pública de responsabilização pela prática de ato de improbidade administrativa cumulada com pedido de declaração de nulidade de procedimento licitatório e contrato administrativo ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Paraná.

A ação foi iniciada contra José Luiz Ramuski (ex-prefeito de Dois Vizinhos), João Maria Ferreira da Silva, S.M. Resende & Cia. Ltda., Stella Maris Resende, Construtora Coguetto Maria Ltda., Matheus Veloso Maria (Matheus Vermelho) e Nery Maria, suspeitos de envolvimento nos atos de improbidade e nas irregularidades nos procedimentos licitatórios e contratos administrativos.

A Justiça do Paraná decidiu que o processo deve continuar, especialmente após considerar as mudanças trazidas pela Lei 14.230/2021. Esta lei altera a forma como casos de má gestão do dinheiro público são julgados, exigindo agora a comprovação de má intenção, além da mera negligência.

O deputado estadual Matheus Veloso Maria (Matheus Vermelho), é um dos suspeitos apontados pelo MP. Segundo a denúncia, Matheus, na época era sócio-diretor da Construtora Coguetto Maria Ltda. e teria utilizado sua empresa e um dos seus diretores que também é seu tio (Nery Maria) para participar da licitação em Dois Vizinhos, sabendo que seu tio também representava a outra empresa concorrente, a S.M. Resende, no mesmo processo licitatório. Essa situação levantou suspeitas de que a competição entre as empresas na licitação não era real, mas apenas uma aparência para cumprir formalidades legais.

Com a recente decisão da Justiça de dar continuidade ao processo, o ex-prefeito de Dois Vizinhos José Luiz Ramuski, Matheus Vermelho e os demais envolvidos terão que responder a essas acusações. A investigação se concentra agora em esclarecer se houve, de fato, uma competição falsa entre as empresas e se isso caracteriza uma violação das normas de licitação e improbidade administrativa.

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Com leilão da área do atual aeroporto Beltrão já arrecadou mais de 11 milhões de reais

Francisco Beltrão terá um novo aeroporto o local escolhido é a Linha Gaúcha, uma área plana à direita de quem segue para Ampere e Realeza. A Prefeitura já adquiriu a área. A proposta é construir uma pista com 45 metros de largura e 1.800 metros de comprimento.

Nesta semana a prefeitura de Francisco Beltrão encaminhou para a câmara o projeto que ordena a ocupação da área do entorno. Também foi declarado de utilidade pública o entorno, possibilitando a aquisição de mais áreas, para instalações e aumento da pista se houver necessidade.

Como opção de angariar recursos para investir no novo aeroporto, a administração de Francisco Beltrão está comercializando frações de terrenos do atual aeroporto, no total serão 61. Cada fração custa 285 mil reais. Como argumento de venda, o prefeito Cleber Fontana afirma que o local é privilegiado pela vista, próximo ao centro e possui uma infraestrutura diferenciada de outros pontos da cidade.