Nas últimas sessões legislativas vereadores os vereadores Claudemir Zanco,(PL) e Romulo Faggion (União) tem questionado os atrasos de pagamento a fornecedores da administração de Pato Branco. Uma das cobranças foi a obra do Centro Municipal de Bocha, recém inaugurado e localizado no bairro Anchieta e inaugurado com grande pompa e presença de várias autoridades e convidados. Inaugurado, festejado e colocado em funcionamento, mas não quitado. Neste caso, de forma específica, para quitar a obra faltaria, segundo a empresa informou aos vereadores, o repasse de R$ 600 mil. Este á um dos casos de não quitação no prazo, há outros que, segundo a secretaria de Administração e Finanças estão sendo administrados.
Procurado pelo Veja Sudoeste, o secretário de Administração e Finanças da atual administração de Pato Branco, Alaxendro Dal Piva, respondeu, de maneira generalizada, sobre a situação financeira atual da prefeitura e afirmou que os prazos estão sendo ampliados. Disse que a prefeitura atrasa, mas continua buscando honrar com seus compromissos com fornecedores.
Dal Piva afirmou que nos últimos meses os municípios têm sofrido com o corte de repasses por parte do Governo Federal e Estadual. No caso de Pato Branco seriam cerca de 3 a 4 milhões por mês que não estão sendo repassados. O secretário não detalhou se a parte maior do corte seria do recurso estadual ou federal.
Nas finanças municipais os valores não repassados foram supridos, segundo ele, até junho deste ano pelo saldo restante de 2022, que deixou no caixa da prefeitura 35 milhões de reais. “Mesmo tendo dinheiro em caixa, que a gente virou o ano com 35 milhões em caixa, esse dinheiro foi consumido mês a mês, isso ocorreu até final de junho”. disse.
As reservas terminaram em junho
Com o fim do recurso remanescente de 2022 começaram as manobras e alterações de prazo. A partir de julho, segundo o secretário, foram pagas as obrigações acessórias, legais, tributárias e folha de pagamento “a gente foi seguindo a responsabilidade fiscal e legal fazendo esses pagamentos” afirmou, para o município conseguir manter as negativas em dia.
Foi também a partir deste mês, que segundo o secretário, houve o inicio da dilatação de prazos para pagamentos “ Por consequência “desse” série de circunstâncias, alguns fornecedores a gente dilatou o prazo de pagamento. Não é que nós não estamos pagando. Então, antes a gente pagava em cinco, sete dias, é foi passando para 15 dias, ou pra 30 dias. Hoje nós estamos chegando a 60 dias, podendo até aumentar esse prazo se não houver uma mudança, tanto do governo federal do governo estadual nos complementos, no repasse desses complementos para os municípios” concluiu.
Um dos fatores que levam a atrasos na quitação, na afirmação do secretário de finanças seria a observação, por parte dos demais secretários municipais sobre a disponibilidade financeira de recursos.”(…) e aí a gente está cobrando bastante dos secretários, porque cada um dos secretários são responsáveis pelas suas pastas e pelas suas contratações, né, junto aos fornecedores que prestam serviço para as suas secretarias. Nós aqui da Secretaria Administração Finanças e de finanças com a contabilidade, nós fizemos a gestão dessa contratação. Então não é porque o secretário de finanças muitas vezes não quer pagar isso. Não foi negociado lá, não foi de repente visto é a questão de caixa, e agora de repente vai demorar trinta, quarenta, 60 dias para pagar” afirma Alaxendro.
Ouça, clicando no link abaixo, a fala do secretário