Queijos do Sudoeste ganham destaque nacional e caminham para Indicação Geográfica

O Sudoeste do Paraná vem se consolidando como um dos principais polos produtores de queijos artesanais do Brasil. A produção queijeira local combina técnicas tradicionais, uso de leite cru e receitas transmitidas de geração em geração. Essa herança cultural tem rendido frutos: além de reconhecimento em premiações nacionais e internacionais, o queijo colonial artesanal do Sudoeste caminha para receber o selo de Indicação Geográfica (IG), um marco que oficializa a qualidade e a origem do produto.

Atualmente, a região conta com aproximadamente 60 queijarias formalizadas e cerca de 100 com potencial produtivo. Famílias como os Gossler e os Roos são exemplos do sucesso local: a Queijaria Irmão Queijeiro, dos Gossler, conquistou medalha de prata no Mundial do Queijo em São Paulo, enquanto os Roos, da comunidade de Mato Branco, foram premiados com seu queijo amanteigado no Concurso Internacional de Queijos de Araxá, em Minas Gerais. Esses prêmios atestam a excelência da produção regional e contribuem para fortalecer a identidade dos queijos do Sudoeste paranaense.

Para garantir a sustentabilidade e o crescimento do setor, a região tem investido em capacitações e eventos como o Inova Queijo Sudoeste, promovido pelo Sebrae/PR e parceiros. A iniciativa oferece cursos, debates e encontros que orientam produtores sobre boas práticas de produção, gestão e inovação. Além disso, prêmios estaduais como o Queijos do Paraná ajudam a reconhecer a qualidade e incentivar a melhoria contínua das queijarias.

Mais do que um produto gastronômico, o queijo colonial artesanal do Sudoeste do Paraná representa a história, o trabalho e a paixão de famílias que mantêm viva uma tradição centenária. O avanço rumo à Indicação Geográfica é um reconhecimento merecido que reforça a importância econômica e cultural da região no cenário nacional.