Novo orçamento vai liberar R$ 83 milhões para obras na BR-476, aponta Zeca Dirceu

O deputado Zeca Dirceu (PT) reiterou na quinta-feira, 17, em entrevista à RDX FM, que abertura do orçamento sancionado no último dia 10 pelo presidente Lula (PT) vai liberar os R$ 83 milhões ao DNIT para o início das obras de restauração da BR-476 entre União da Vitória e São Mateus do Sul.

“Nós conseguimos reservar no orçamento do governo federal aproximadamente R$ 83 milhões para o restauro e manutenção deste trecho da BR-476. Acontece que o Congresso Nacional só aprovou o orçamento deste há duas semanas, o que travou os investimentos em todas as obras. Agora com o orçamento sancionado, o Ministério do Transporte e o DNIT vão começar a ter disponibilidade de dinheiro para dar um ritmo mais acelerado na obra”, destacou o deputado.

Zeca Dirceu que a superintendência regional do DNIT no Paraná já assinou a ordem de serviço para Ethos Engenharia de Infraestrutura, de Minas Gerais, que venceu a licitação, para executar os serviços de restauração do pavimento das pistas de rolamento e dos acostamentos, além da conservação e manutenção do trecho de 81 quilômetros entre as duas cidades (União da Vitória e São Mateus do Sul).

Agilidade
“A população tem razão de cobrar que a obra ganhe volume, força e agilidade e que os reparos, as melhorias aconteçam o mais rápido possível. Me deixa muito indignado saber que a gente está perdendo vidas na BR-476. Agora, com a sanção do orçamento, a obra já tendo sido planejada no ano passado, já tendo sido contratada no ano passado, já tendo disponibilidade orçamentária para esse ano, ela não tem mais razão alguma para postergar seu início”, reiterou o deputado.

Na próxima quinta-feira (24), uma comitiva de deputados, prefeitos e lideranças do sul do Paraná terá uma audiência em Brasília com a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e com o diretor-geral do DNIT, Fabrício de Oliveira Galvão. “Não dá mais para ficar esperando. Por isso que estou sempre dialogando com o DNIT e estou otimista porque a resposta que eles deram agora, com a aprovação do orçamento, é muito positiva”.

“Eu quero fazer um registro. Essa rodovia ficou praticamente 10 anos sem os devidos reparos e as devidas manutenções, o que é uma coisa inexplicável”, disse Zeca Dirceu na entrevista à RDX FM.

Retomada
Segundo o deputado, a última grande obra rodoviária do governo federal na região foi em setembro de 2014, no governo da presidente Dilma Rousseff (PT). “Foram R$ 200 milhões investidos na revitalização de 75 quilômetros da BR-153, de União da Vitória até Palmas. Era um drama parecido com o da BR-476 hoje”, disse.

“Depois da presidente Dilma, Temer e Bolsonaro não colocaram nenhum centavo e, somente agora, no terceiro governo do presidente Lula, voltou-se a investir na rodovia da região. Por isso a grande expectativa da população e por causa disso, se chegou à situação dramática nessa estrada do Sul do estado”, disse.

Zeca Dirceu ainda reforçou que nos últimos 10 anos, antes do governo Lula, não viu qualquer ação ou obra do governo federal na região sul do Paraná. ” Eu não vi construção creche, escola, universidade e hospital, nem manutenção de rodovias fizeram. Quanto mais pavimentar novas rodovias, fazer ampliações, como estamos fazendo em vários trechos agora no Paraná, vamos superar o abandono que houve pelos governos anteriores”.

Conforme o contrato do DNIT com a Ethos Engenharia de Infraestrutura, os serviços em execução incluem microfresagem, remendos profundos e fresagem da camada superficial do pavimento, seguidos da aplicação de nova camada de concreto asfáltico em grande parte da rodovia. Posteriormente, será executado o microrrevestimento .

Serviços
Entre os serviços na pista de rolamento estão remendos profundos nos pontos críticos; fresagem contínua e descontínua; reperfilagem e aplicação de nova camada de concreto asfáltico com espessuras variáveis de 5 cm a 8 cm; reperfilagem, fresagem e microrevestimento com nova camada de asfalto ao longo de todo o trecho nos acostamentos.

Em detalhes, na parte da drenagem: construção e recomposição de meios-fios, sarjetas, entradas e descidas d’água, além de implantação de drenos para garantir o escoamento adequado das águas pluviais.

E nas obras complementares: recomposição de guarda-corpos e enrocamentos; nmanutenção da sinalização horizontal e vertical; e conservação da faixa de domínio, incluindo roçada e limpeza de dispositivos de drenagem.

O contrato tem vigência de cinco anos, sendo que os dois primeiros concentram as obras de restauração e os três seguintes, os serviços de manutenção.