O risco de a gripe aviária desencadear uma nova pandemia preocupa autoridades sanitárias, e especialistas defendem o avanço urgente em vacinas mais modernas. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, destaca a vacina universal contra influenza como esperança. Baseada em RNA mensageiro, ela protege contra 20 cepas do vírus e já apresentou bons resultados em testes com animais.
O Brasil aposta em um imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan, que aguarda autorização da Anvisa para iniciar testes em humanos. Segundo Levi, o país precisa ter sua própria vacina para não depender de fabricantes internacionais. O vírus H5N1 já infectou mais de 350 espécies, incluindo mamíferos, e apresenta alta taxa de letalidade.
Entre 2003 e 2025, a gripe aviária causou 457 mortes em 969 casos registrados no mundo, segundo a OMS. Só nas Américas, foram 72 casos neste ano, com dois óbitos. No Brasil, desde o primeiro caso em 2023, foram confirmados 166 focos da doença. O governo federal prorrogou por 180 dias o estado de emergência zoossanitária.