O Ministério Público do Paraná, (MPPR), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia criminal contra quatro agentes policiais investigados pelos crimes de concussão, sequestro e cárcere privado. Um dos quatro agentes policiais investigados é o atual deputado federal Matheus Loiola (União-PR), que é delegado licenciado.
Os fatos teriam ocorrido em fevereiro de 2019 e foram apurados no âmbito da Operação Mônaco, que investiga a possível ocorrência dos ilícitos na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da capital. A denúncia foi recebida pela 4ª Vara Criminal de Curitiba.
Por meio de uma nota, a defesa do deputado federal informou que “os fatos apresentados pelo Ministério Público não condizem com a realidade” e que provará a ausência de prática ilegal no curso do processo.
Liberação
De acordo com as apurações do Gaeco, os denunciados – o então delegado-chefe da unidade policial na época dos fatos, que é o atual parlamentar, e três policiais civis – teriam exigido R$ 50 mil do proprietário de uma rede de combustíveis para liberarem um funcionário que havia sido preso indevidamente dias antes durante abordagem policial no estabelecimento comercial, localizado em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. O empregado teria sido preso supostamente em flagrante, sem qualquer fato ou ordem judicial que justificasse a prisão, a pretexto de possíveis irregularidades no estabelecimento. Segundo as investigações, o funcionário acabou sendo solto após o pagamento de R$ 10 mil pelo dono do posto ao grupo de policiais.
Um outro agente policial também envolvido com os fatos e igualmente denunciado pelo Ministério Público do Paraná teve seu processo desmembrado em razão de estar preso preventivamente – os autos (0005593-47.2023.8.16.0013) estão atualmente para decisão do Juízo.
(Do MPPR e G1; Foto: reprodução/redes sociais)