A Câmara de vereadores e Pato Branco realizou na tarde de sexta-feira, 8, a sessão especial para julgamento do vereador Rafael Celestrin (PSD). A comissão Processante, que fez o relatório pedindo o arquivamento, era composta pelos vereadores Joecir Bernardi (PSD), presidente, e membros Bombeiro Brandão (PP) e Claudemir Zanco (PL). Somente Zanco foi contra, na comissão, ao arquivamento da denúncia.
Como eram duas denúncias de infração, a primeira sobre o possível recebimento de benefícios assistenciais por esposa do vereador, e a segunda de recebimento de gratificação por função, desde a posse do vereador, em 1º de janeiro de 2021, até agosto de 2023, foram necessárias duas votações no plenário. Em ambas as votações eram necessários 8 votos para a cassação, qualquer resultado diferente evitaria a perda de mandato, e foi o que aconteceu, 5 a 3 e 6 a 2.
Dois vereadores, o próprio relator da Comissão Processante, Bombeiro Brandão e a vereadora Thania Caminski (PP) nem compareceram a sessão.
Sabe-se que este julgamento foi o político, onde, como no futebol, se joga com o regulamento embaixo do braço. Mas a peleia para Celestrin não acaba aí.
As duas denúncias foram realizadas tanto no legislativo como no Ministério Público, que ainda não se manifestou.
O julgamento da opinião publica também gera controversas. Muitos simpatizantes, partidários, apostam na oportunidade de “livramento” da cassação de Clestrin para macular, nas redes sociais, quem votou a favor da cassação no legislativo. Também há aqueles que criticam a ausência dos vereadores na votação, como manobra para salvar o colega. Questões de igualdade e justiça são fortemente abordadas nas redes sociais.
Na sessão de sexta-feira os vereadores Joecir Bernardi (PSD), Dirceu Boareto PODEMOS), votaram por duas vezes pelo arquivamento do processo. Na votação sobre a denúncia de recebimento de benefícios sociais a vereadora Cris Hamera (PV) votou junto.
Pela cassação, nas duas denúncias, votaram os vereadores Claudemir Zanco – Biruba (PL), Eduardo Dala Costa (MDB), Rodrigo Correia (Podemos),Romulo Faggion (PSL) e Januário Koslinski (PSDB). Cris Hamera (PV) votou pela cassação na denúncia de recebimento de gratificação.