O Ministério Público do Paraná denunciou por feminicídio o suspeito pela morte de Giovana Vaz. O crime ocorreu no dia 26 de janeiro, em Palmas, Sul do Estado, e a motivação teria sido a não aceitação da vítima em manter relacionamento com o acusado.
De acordo com a denúncia, formulada pela 2ª Promotoria de Justiça de Palmas, o crime ocorreu em uma área rural próxima à Rodovia PRC-449. Conforme demonstrado pela apuração, após matar a mulher, o réu ocultou o corpo em região de mata nativa distante do local do crime e, na sequência, visando apagar os vestígios, ateou fogo no carro da vítima, utilizado para a prática dos crimes, razão pela qual também foi denunciado por ocultação de cadáver e fraude processual. O corpo foi localizado após o investigado ter sido preso preventivamente no dia 2 de março.
As investigações sobre o caso, que tiveram início após a mulher ter desaparecido ao sair de casa na data do crime, demonstraram ainda que o denunciado vinha reiteradamente perseguindo a vítima “ameaçando sua integridade física e psicológica, restringindo sua capacidade de locomoção e invadindo e perturbando sua esfera de liberdade e privacidade”, chegando, em uma das ocasiões, a mostrar uma arma para a mulher.
Na denúncia, o MPPR aponta também que a perseguição levou a vítima a “colocar um sofá na porta de entrada da casa para impedir eventual tentativa de entrada forçada do agente e a proceder pesquisas por aluguéis de casas para uma possível mudança de endereço”. Pelos fatos, a Promotoria de Justiça também o denunciou pelo crime de perseguição, conhecido como “stalking” (Art 147-A do Código Penal).
Além da qualificadora do feminicídio, foram apontadas também a do motivo fútil e a do recurso que dificultou a defesa da vítima.
Fonte: MPPR