A corrida eleitoral de 2024 já iniciou nos municípios brasileiros. Para muitos dos pretensos candidatos a primeira fase da campanha é a escolha ou acesso, ou até mesmo ser aceito por um partido. Após escolhido, ou aceito pelo partido, tem início a segunda fase do jogo: as coligações.
Todos estes movimentos são realizados nos bastidores, por vezes apenas pelos “líderes partidários”. Depois confirmados, referendados ou impostos nas convenções, tudo vai depender de quem lidera o processo. Não é raro um pequeno grupo de determinado partido definir e depois obter o apoio dos demais partidários. Isto ocorre por medo de exclusão da sigla, por acreditar que o líder já analisou todas as possibilidades, mas na maioria das vezes é por omissão mesmo. Faço parte, apoio, mas decidam por mim.
Olhando os pleitos passados a impressão que se tem é que Pato Branco, por exemplo, tem uma grande quantidade de partidos. Se observarmos a representação partidária no poder legislativo há nove agremiações distribuídos entre os onze vereadores. Na disputa eleitoral foram 16 partidos que colocaram candidatos ao legislativo, contando os extintos PSL e DEM que formaram o União Brasil.
A realidade partidária
Mas a realidade partidária a cerca de um ano das eleições é bem diferente. A autonomia partidária local, o poder de decidir “per se” parece não se manter. Entre os partidos existentes no município, apenas dois podem se considerar autônomos para definir seus rumos. PT e MDB, segundo o Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias do TSE, são os únicos partidos que possuem diretório definitivo, o demais são órgãos provisórios.
Constam na lista como provisórios o PC do B, PL, PP, PSD, PSDB e PRTB ou seja, o diretório estadual pode destituir todo e qualquer ato ou decisão tomada pela provisória.
Alguns partidos nem constam na relação Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias. Entre os ausentes estão agremiações que inclusive possuem vereadores no legislativo atual. O PODEMOS, PV e União Brasil não possuem registro de diretório ou provisória no sistema. O mesmo acontece com o CIDADANIA, PRTB, Republicanos, PSDB e PDT.
Claro que os movimentos de bastidores estão agitados. Há muitos interessados em buscar espaço e até mesmo conseguir agremiações de menor expressão para colocar aliados (comandados). A fase dos bastidores se prolonga até ao primeiro trimestre de 2024, mas já é possível observar que há muito pavão depenado e líder sem voto em busca de siglas para viabilizar alianças e concentrar poder.