Operação investiga organização criminosa que atuava no descaminho de eletrônicos do Paraguai

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Em ação integrada, a Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram nesta quinta-feira (19), a Operação Grade A, com o objetivo de combater organização criminosa suspeita de realizar operações irregulares de internalização e comercialização de eletrônicos de origem estrangeira provenientes do Paraguai, o que caracterizaria crime de descaminho.

A operação teve início com a prisão em flagrante de três integrantes do grupo que atuavam como “freteiros” e transportavam grandes quantidades de mercadorias estrangeiras ocultas em fundos falsos localizados nos veículos, enquanto viajavam em comboio. 

O esquema delituoso era iniciado com a negociação direta entre o vendedor da loja situada no Paraguai e o comprador localizado no Brasil. Após a concretização do negócio, as mercadorias estrangeiras entravam clandestinamente no Brasil e eram encaminhadas aos compradores, utilizando-se de freteiros e/ou de caminhoneiros. Em seguida, era realizado o pagamento das mercadorias e do frete em contas bancárias designadas pela loja do Paraguai e, a partir da sua confirmação, as mercadorias eram entregues ao comprador.

Estima-se que os investigados tenham internalizado mercadorias, irregularmente, num total de aproximadamente R$ 250 milhões somente nos últimos três anos. Tal fato resultou em prejuízo da ordem de R$ 130 milhões aos cofres públicos, em razão de tributos sobre a importação que deixaram de ser recolhidos, além dos danos causados à indústria e ao comércio nacional causados pela concorrência desleal em relação aos comerciantes e fabricantes que recolhem devidamente seus impostos.

Foram expedidos 70 mandados de prisão preventiva e 94 mandados de busca e apreensão, cuja execução conta com a participação da Receita Federal. Os mandados estão sendo executados em endereços comerciais e residenciais ligados à suposta organização criminosa, nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul. A Justiça Federal decretou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens vinculados aos suspeitos. Participam da operação, pela Receita Federal, 29 Auditores-Fiscais, 28 Analistas Tributários e 2 servidores administrativos, bem como cerca de 350 Policiais Federais.
Fonte: Assessoria

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