As cidades mais impactadas ficam nos arredores de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão. O motivo é a persistência das chuvas abaixo da média.
O Monitor de Secas de abril, divulgado nesta sexta-feira (16) pela Agência Nacional de Águas (ANA), aponta um aumento da seca moderada na região Sudoeste e extremo Oeste do Paraná.
O estudo é feito em parceria com a equipe do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e vem indicando um aumento gradativo da seca em algumas regiões do Estado desde dezembro, quando não havia seca relativa em toda a metade Sul do Paraná.
As cidades mais impactadas ficam nos arredores de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão. O motivo é a persistência das chuvas abaixo da média.
“Já era esperado que abril de 2025 registrasse chuva abaixo da média histórica para o período devido a ausência de sistemas meteorológicos precipitantes. O agravamento da seca nessa região do estado é consequência da ausência de chuva também nos meses anteriores”, afirma Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
Os impactos são considerados de curto prazo na maior parte do estado, ou seja, com consequências maiores para a agricultura, mas podem ser considerados de curto e longo prazo no Norte e Oeste do Paraná, impactando também o abastecimento de água.
BRASIL – No País, o Monitor de Secas aponta um quadro mais grave no noroeste do Rio Grande do Sul; em uma área na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina; na Bahia; no Maranhão; e em uma parte do Amazonas, que teve recuo da seca em relação aos meses anteriores após o registro de maiores acumulados de chuva. Não há casos de seca extrema ou excepcional no mapa de abril.
MONITOR – O Monitor de secas iniciou em 2014 focado no semiárido, que sofria desde 2012 com a seca mais grave dos últimos 100 anos. Desde 2017 a ANA articula o projeto entre as instituições envolvidas e coordena o processo de elaboração dos mapas.
O Simepar todos os meses faz a análise das regiões Sul e Sudeste, utilizando dados como precipitação, temperatura do ar, índice de vegetação, níveis dos reservatórios e dados de evapotranspiração (a relação entre a temperatura e a evaporação da água). A cada três meses, o Simepar ainda coordena a elaboração do mapa completo.