Oposição vence disputa pela reitoria com 45% de aprovação 

Marcos Flávio de Oliveira Schiefler Filho obteve, em 2020, os votos de 51% da comunidade da UTFPR que o levaram a conquistar a reitoria da entidade. Agora na reeleição, sua administração, foi avaliada, e mais de 70% discordaram dos rumos tomados. A avaliação não é pessoal, mas do trabalho em grupo, onde pesam as ações realizadas por assessores, diretores e a própria reitoria.
A eleição na UTFPR é realizada e apurada em três níveis: técnicos, docentes e discentes.
Dos três concorrentes que participaram do pleito neste ano, dois já foram aliados, Schiefler e Heron Lima, que atuou um ano como vice-reitor. Everton Lozano foi a novidade, e venceu com 45, 22%. O atual reitor, Schiefler, ficou em segundo 29,60% e Heron conquistou 22,17% dos votos.
Entre docentes e técnicos, o atual reitor venceu em Ponta Grossa, Curitiba e na reitoria, locais que concentram o maior número de cargos gratificados. Entre os discentes, vitória só em Apucarana.
No Sudoeste, nos campus de Pato Branco, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, Everton Lozano venceu em todos, tanto entre técnicos, docentes e discentes. Como se diz por aqui: lavou a baia; fez barba, cabelo e bigode.
Analistas da política interna da UTFPR, especialmente na unidade de Pato Branco, credenciam a derrota da atual reitoria a atuação da direção da unidade. Nos bastidores, comenta-se que a rejeição local pode ter sido transferida ao candidato que buscava a reeleição.
Enfim, o resultado mostrou como a comunidade acadêmica vê a administração de Gilson Ditzel, que pode buscar a reeleição. O campus Pato Branco tem tradição em reeleger seus diretores, e há expectativa de quem entrará para história quebrando a corrente.
Com a derrota de Schiefler, também se vislumbra a possibilidade de retornos de alguns dos atuais auxiliares, hoje na capital, para a base, até mesmo podendo se posicionarem como candidatos na disputa local, se serão aceitos ou não, só tempo dirá. Já no aquecimento, para substituir Ditzel, pelo menos dois nomes: Nilvania Aparecida de Mello e Idemir Citadin. Ainda é longo o caminho até a escolha dos diretores nas unidades, mas o certo é que o silencioso ato de votar cala gritos histéricos.