Na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência – entre 1º e 8 de fevereiro -, o Ministério da Saúde alerta que a gravidez de meninas e adolescentes impacta na saúde das mães e dos recém-nascidos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação nesta faixa etária é uma condição que eleva a prevalência de complicações para a mãe, para o feto e para o recém-nascido, além da possibilidade de agravamento de problemas socioeconômicos já existentes.
“A gravidez na adolescência se tornou um grande desafio na saúde pública do Brasil e que é necessário quebrar os tabus que impedem o debate sobre a importância da educação sexual no país. Pesquisa do Ministério da Saúde revela que 1.000 bebês nascem todos os dias no Brasil de mães adolescentes” a afirmação é do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD).
A pesquisa ouviu relatos de mães de 10 a 19 anos para pautar, obviamente, ações para evitar a gravidez precoce, mas mostra que 67% dessas meninas já não estavam estudando mais quando os filhos nasceram, 79% não voltaram para a escola e quase 60% dizem que perderam o círculo de amizades após a gravidez.
O deputado aponta ainda que em grande parte dos casos, os pais das crianças de mães menores “sumiram” e nem apoiam a criação dos filhos. “As mães adolescentes terão muitas dificuldades para enfrentar a vida adulta e criar seus filhos”, disse.
Segundo o parlamentar, parte desta situação pode ser enfrentada com políticas públicas de equidade de gênero. “Nós temos uma desigualdade social recorde no país e não é simples tratar de mais esse desafio na esfera pública”.