O desafio da inteligência artifical nas eleições

Por Marcelo Vitorino

Em um universo de disputa pela atenção, recheado pelo uso de inteligência artificial para o bem e para o mal, sairão na frente aqueles que tiverem maior capacidade de comunicar um determinado conteúdo, para um determinado público, dentro de um período curto.

Para que isso ocorra, será necessário um olhar mais atencioso para duas áreas distintas: a mobilização profissional e o impulsionamento estratégico.

Na mobilização, quando profissional, as pessoas são agrupadas por interesses, localização, afinidades, e recebem conteúdos que as nutrem de argumentos para convencimento de outras pessoas, com instruções regulares e com finalidade específica. Os militantes funcionam, na prática, como um exército da comunicação, com cadeia hierárquica, disciplina e inteligência.

Já o impulsionamento, quando estratégico, fará a mensagem chegar às pessoas certas, as mais aptas a receber e acolher o conteúdo, que formarão juízo de valor após o impacto. A segmentação será por região, origem, padrão de comportamento. É a melhor forma de fugir das bolhas que as redes sociais produzem devido aos algoritmos de exposição de conteúdo. Pensar o impulsionamento de forma estratégica, sem dúvida, é a maneira mais barata de fazer a comunicação chegar ao eleitor.

O desafio para as campanhas será o de encontrar os profissionais que dominam essas duas áreas. E o desafio dos profissionais que não as dominam, será o de aprender, em um curto período de tempo, o que precisa ser feito.