Reserva do Iguaçu: Vereador que sacou arma dentro de Câmara Municipal tem mandato cassado

O vereador Claudeir Fidelis (PSB), que apontou uma arma para um homem, na Câmara Municipal de Reserva do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, teve o madato cassado. A decisão foi tomada na última quinta-feira (13).

Na decisão, os parlamentares entenderam que o vereador descumpriu duas condutas: andar armado na Câmara e também pelo comportamentado inadequado.

O suplente dele, Adeir Siqueira (PSB) deve ocupar a cadeira deixada pelo vereador. A posse acontece no dia 24 de abril.

Relembre o caso

O vereador Claudeir Fidelis (PSB), da cidade de Reserva do Iguaçu, na região Oeste do estado, sacou uma arma, durante uma discussão com outro homem, dentro da Câmara de Vereadores da cidade.

De acordo com informações, o vereador teria falado mal da mulher do cidadão e ele não teria gostado. A esposa do homem é enfermeira e o vereador tinha a informação que ela não tinha atendido uma paciente, que ao não receber atendimento teria ido embora de uma unidade de saúde da cidade. A reclamação chegou até o vereador, que então falou mal da mulher dele. O homem defendeu a esposa, dizendo que essa informação era falsa. Ele afirmou que ele tinha era de que a paciente não quis ser atendida e foi embora por conta própria.

Durante a discussão, que ficou ainda mais acalorada, para intimidar o homem, o vereador tirou uma arma de uma mochila, mostrou ao cidadão e a colocou na cintura. Nesse momento, as pessoas que estavam em volta ficaram bastante preocupadas. O vereador Claudeir é ex-policial militar e por isso tem porte de arma.

Em nota, a Câmara de Vereadores de Reserva do Iguaçu afirmou que o parlamentar tomou uma atitude imprópria para o ambiente e que fere o regimento da casa. A Câmara informou ainda que está tomando as medidas cabíveis.

O que diz o vereador

A defesa do vereador Claudeir Fidelis de Carvalho (PSB), na pessoa de seu advogado Pedro Adircio Nunes (OAB/PR nº. 65.022), informa que a cassação do seu mandato pela Câmara Municipal de Reserva do Iguaçu no dia 13 de abril de 2023 feriu de morte os princípios da razoabilidade, proporcionalidade, além de desobedecer ao devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa.

A defesa recorrerá em todas as instâncias necessárias visando a devolução do mandato ao vereador, que foi lhe conferido de forma democrática, pelo povo. A ilegalidade jamais deve prevalecer sobre os princípios da democracia.

Fonte: Massa News | Foto: Reprodução/Câmara de Vereadores